Demonstrativo do crescimento de cepas multirresistentes fora do ambiente de UTI em hospital referencia em infectologia
DOI:
https://doi.org/10.36489/feridas.2022v10i55p1985-1990Palabras clave:
biossegurança, imunossuprimido, controle de infecção, multirresistência, farmacovigilânciaResumen
Introdução: Atualmente existem muitos microrganismos resistentes a diferentes classes de antimicrobianos e são considerados como importante causadores de infecções hospitalares pela fácil transmissibilidade de uma pessoa à outra por meio do contato das mãos e de materiais contaminados. Objetivo: Descrever perfil de cepas resistentes e os possíveis fatores predisponentes para o aparecimento destas em pacientes imunossuprimidos internados em enfermarias de um hospital de referência em infectologia. Metodologia: Estudo do tipo retrospectivo, descritivo com uma abordagem quantitativa. Resultados: O perfil microbiológico de resistência observado nas culturas de pacientes internados nas enfermarias de um hospital referência em infectologia mostrou que, 58% das infecções eram causadas por Escherichia coli seguidos por 22,5% Klebsiella pneumoniae e 19,5% Pseudômonas aeruginosa. Em relação ao perfil de resistência, 12,5% eram resistentes aos carbapenêmicos de espectro estendido, 12,5% as cefalosporinas de 4° geração e 12,5% as cefalosporinas de 3° geração. Também foram analisadas informações existentes em 98 planilhas com registros de auditorias internas, destas, 57% continham erros cometidos por servidores e estas não-conformidades poderiam estar intimamente ligadas a contaminação intra-hospitalares, o restante (43%) eram relacionadas ao ambiente. Conclusão: O estudo mostra que para auxiliar na prevenção da quebra de cadeia de transmissão de bactérias multirresistentes se faz necessário a instauração de protocolos de cultura de vigilância que se resume na coleta de amostras de pacientes internados ou que necessitam de internação, principalmente em unidades onde albergam pacientes imunossuprimidos.